MEC fala sobre necessidade de articular teoria e prática nos cursos de Medicina Veterinária do país.

04/11/2014 – Atualizado em 31/10/2022 – 8:54am

4 novembro de 2014 – Apresentar os mecanismos para a atualização das diretrizes curriculares dos cursos de graduação no Brasil foi o motivo pelo qual o representante do Conselho Nacional de Educação (CNE), dr. Luiz Roberto Liza Curi, participou, na tarde de ontem (3/11), do XXI Seminário Nacional de Educação da Medicina Veterinária, que acontece em Brasília até amanhã (5/11).  

Ao  tratar especificamente das diretrizes curriculares dos cursos de Medicina Veterinária, Curi ressaltou a necessidade de articulação entre teoria e prática.  Segundo ele, para que os processos de atualização sejam bem-sucedidos, é necessário que a carga horária dos cursos ofereça a possibilidade de o aluno praticar seus conhecimentos. “Atualmente, a prática tem se mostrado mais efetiva do que a teoria na formação de um profissional. Por isso, convidamos os coordenadores de curso a repensar o tempo dedicado às aulas teóricas, favorecendo também aulas práticas durante a graduação”, afirmou o representante do CNE, ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Curi também destacou a formulação de disciplinas e atividades voltadas para o desenvolvimento de habilidades que envolvam questões étnico-raciais, direitos humanos e meio ambiente. Após a palestra, os participantes foram estimulados a discutir a interação entre disciplinas que desenvolvam as competências individuais em consonância com as habilidades e perfis exigidos de um médico veterinário. 

Metodologia centrada no docente

Na tarde de ontem, também foram apresentados os resultados da assessoria pedagógica realizada pela Comissão Nacional de Ensino da Medicina Veterinária (CNEMV), do CFMV. Ao longo dos últimos dois anos, a CNEMV manteve contato com coordenadores de cursos de Medicina Veterinária em diversas universidades do Brasil, a fim de contextualizar informações e identificar necessidades educacionais.

Dessa forma, o membro da CNEMV dr. João Carlos Pereira da Silva pôde perceber que, atualmente, a metodologia de ensino é centrada no docente. “Há uma escassez de interdisciplinaridade que prejudica a formação dos alunos e concentra todo o ensino na figura do professor”, ressaltou. Além disso, ele afirmou que as universidades sofrem com baixos recursos e ausência de equipamentos para a realização de aulas práticas, o que, segundo ele, reforça a dicotomia entre teoria e prática. Para ele, esse é um dos motivos que justifica a atual falta de comprometimento e motivação dos estudantes de  Medicina  Veterinária.

O Seminário
No decorrer dos três dias do seminário,  o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) – responsável pela organização do evento –  programou discutir as tendências atuais relativas ao ensino nos cursos de graduação em Medicina Veterinária para propor a atualização das Diretrizes Curriculares, instituídas pelo  CNE em 2003.

Confira no fim desta matéria a programação do evento, que conta com coordenadores e diretores de cursos de Medicina Veterinária, docentes, discentes e representantes das Comissões Regionais de Educação da Medicina Veterinária, do Sistema CFMV/CRMVs.

Assessoria de Comunicação do CFMV

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